FALA, QUE EU NÃO TE ESCUTO

Conversa não resolve se não queremos ouvir. Tenho vivido experiências bizarras nos últimos tempos e testemunhado muitas outras em que é notório que muito se fala e pouco se entende. Algumas narrativas não têm lógica porque a pessoa mesma está perdida em seus diálogos de trauma, imaturidade ou cansaço, mas, se prestarmos atenção, isso está tão comum porque há uma causa maior, já não sabemos conversar: no diálogo socrático, uma hora o foco de um se firmava no que o outro dizia para poderem os dois ponderar e aprender, visitando inúmeras possibilidades de compreensão do mesmo assunto, mesmo que este se desdobrasse. Agora, somos bocas cheias de ego, esbravejando verdades que só nosso egoísmo justifica. Resultado? Mesmo num mundo cheio de aplicativos e tecnologia inovadora, afastamos as pessoas e estamos cada vez mais sós. Que pena sinto de nós.

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