A VIDA REAL É PESADELO

Tirinha GOLPISTA – vidadesuporte.com.br

Em La vida és sueño (1635), Pedro Calderón de la Barca, teatrólogo espanhol barroco, conta a história do príncipe herdeiro polonês Segismundo, que é trancado em uma torre por seu pai que teme que um oráculo sobre a loucura de seu filho se cumpra e este, coroado, destrua o reinado. Na segunda parte do poema – sim esta peça foi escrita em versos – o rapaz é drogado e liberto por um dia. Perdendo a partir daí a noção da realidade, já não consegue mais distinguir, se a vida no cárcere é a real ou se, livre, sonhava estar preso. Dualidade Barroca esta, como o próprio título da peça revela, a vida é sonho, e os sonhos, vida são.
No pesadelo da pós-modernidade, a barbárie é maior: acordados, não acreditamos na realidade por seu total non sense. Saber é não saber, ignorar é usar a razão, ver  a venda no olho do outro e não enxergar que nós mesmos estamos cegos. Se informação não  é conhecimento, má informação se torna o quê?
Rezemos…

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